La Scarzuola é uma construção surrealista que foi projetada pelo arquiteto milanês Tomaso Buzzi. Ela foi construída nas adjacências de um convento do século XIII d.C, que foi fundado por São Francisco de Assis, localizada em Montegiove, fração do comune de Montegabbione (Província de Terni).
Se você estiver pela região de Perugia, fazendo sua cidadania italiana ou viajando, vale a pena conferir!
Ela está localizada onde São Francisco teria construído uma cabana, onde ele havia plantado uma rosa e um loureiro, sendo que milagrosamente, surgiu uma fonte, que mantinha as plantas sempre verdes.
A cabana de S. Francisco foi construída com uma planta chamada de scarza e por isso o nome Scarzuola.
Foi construída uma igreja e um convento, que foram confiados aos frades que ali permaneceram até o século XVII, quando assumiram os monges de Orvieto.
Em 1956, Buzzi adquire a propriedade, restaura o convento, e planeja criar uma “cidade sagrada” justaposta ao monastério, o que ele chamava de “cidade ideal”, traçando um percurso simbólico neo-iluminista referindo-se ao conhecimento esotérico.
De 1958 a 1978, ele projetou e construiu um grande teatro, com elementos maçônicos, que ficou incompleto. Buzzi morreu em 1981, mas graças aos desenhos deixados, foi possível completar a obra.
Ela é formada por 7 teatros, que no alto tem sua acrópole, uma montanha cheia de construções de vários estilos arquitetônicos diferentes, renascentista, medieval, entre outros.
Existem várias grutas e espelhos d’água e até mesmo uma réplica do Arco do Triunfo. Cada construção representa um pensamento do artista, uma mistura de dogmas filosóficos que guiaram sua vida.
É possível perceber a influência do surrealismo de Dalí, Miró e Escher, pois as escadas levam a várias direções, algumas estátuas são criaturas fantásticas ou mulheres sem cabeça.
Para visitar, é preciso agendar horário e pagar o valor de 10€ por pessoa. Você consegue mais informações no site oficial.
“Sobre a Scarzuola, quando alguém observa que a parte nova, criada por mim, não é “franciscana”, eu respondo: naturalmente, porque representa o mundo em geral e em particular o meu mundo – aquele no qual eu tive a sorte de viver e trabalhar = da arte, da cultura, do mundo, da elegância, dos prazeres (e também dos vícios, da riqueza e dos poderes), onde eu fiz um oásis de concentração, de estudo, de trabalho, de música e de silêncio, de grandeza e miséria, de vida social e de vida eremita, de contemplação da solidão, reino da fantasia, das fábulas, dos mitos, ecos e reflexos fora do tempo e do espaço porque cada um pode encontrar aqui ecos passados e notas do futuro.” Tomaso Buzzi
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