Lisboa é a capital de Portugal, sendo o coração financeiro, comercial, educacional e turístico da terra lusitana. É a sétima cidade mais visitada do mundo, sendo que em 2018 ganhou o prêmio de melhor destino a nível mundial.
A região de Lisboa é a mais rica do país, sendo a vigésima mais rica no continente europeu.
Sua história remonta ao período neolítico, sendo possível encontrar alguns monumentos e tumbas de tal época. Interessante que a sua localização geográfica excelente, permitiu que se desenvolvesse ainda na época dos fenícios, além disso, serviu como entreposto para abastecimento de alimentos dos navios que seguiam para a Sicília, na itália.
Pelos estudos desenvolvidos, já havia troca comercial no tempo dos fenícios que datam do ano 1.200 A.C, sendo que, na praça de D. Luís, foram localizados vestígios de um fundeadouro (espécie de âncora) com mais de 2000 anos, remontando ao século I a.C. e ao V d.C., onde os navios ancoravam para fazer descargas e reparações e também para o trânsito de passageiros e carga.
No plano mais recente, na Catedral da Sé foram encontrados vestígios fenícios do século VIII a.C. Inclusive, aqui fica a primeira dica, ao visitar a Catedral, em seu claustro é possível observar estas ruínas, é muito bonito ver todas essas camadas de história bem ali diante dos seus olhos.
Claro que os romanos chegaram até Lisboa e a dominaram, além de, mais tarde, ser conquistada pelos mouros. Vê-se que a historiografia de Lisboa (bem como de Portugal), é muito rica e hoje podemos conhecer um pouco desta cidade com tantas influências e culturas diversas que passaram por ali.
Dizer quantos dias ficar em Lisboa para conhecê-la é muito difícil, porque são muitos lugares lindos para se conhecer, o ideal seriam 5 dias, podendo dentro desses dias ser feito um bate e volta até Sintra, uma visita (que se vai de comboio/metrô), até o Palácio Queluz, onde Dom Pedro I nasceu e faleceu, mais uma passada rápida pela praia de Cascais e Estoril.
Uma dica que realmente vale a pena é o Lisboa Card, que dá direito a praticamente todas as principais atrações de Lisboa, com direito a usar o transporte público, inclusive, dependendo do cartão que você escolhe, é possível visitar Sintra, estando incluso o transporte até lá e entrada no Palácio Nacional da Pena, um lugar lindo de se conhcer.
O que conhecer em Lisboa:
Castelo de São Jorge
Estando em Lisboa, este Castelo é de visita obrigatória,possui uma agenda de oficinas e passeios vasta, incluindo um passeio noturno para observação de morcegos que habitam o castelo, que tem como objetivo desmistificar mitos e lendas sobre morcegos, explicando a importância deles no ecossistema.
Este Castelo é datado da época islâmica, tendo sido construído em meados do século XI e servia como abrigo dos militares à época ou das elites em caso de cerco da cidade.
Em seu belo jardim estão as principais espécies da flora portuguesa.
Não deixe de visitar, pois além de visitas curiosas, é um lugar belíssimo para ver toda Lisboa do alto.
Ruínas do Carmo
Localizado no bairro do Rossio, próximo ao Castelo de São Jorge, este convento foi a principal igreja gótica de Lisboa que foi parcialmnente destruído no terremoto de 1755. Hoje, ele abriga as ruínas da igreja e o Museu Arqueológico do Carmo, que guarda uma coleção que é uma volta ao passado de Lisboa desde o período paleolítico até o século XVI.
Miradouro de Santa Luzia
Se destaca pelo azulejos em homenagem à Praça do Comércio.
Estando pela região do Castelo de São Jorge, não deixe de passar por ali e contemplar Lisboa e o rio Tejo.
O Miradouro possui dois planos, sendo que no segundo patamar, você pode tomar um café ou um sorvete enquanto contempla a vista.
Panteão Nacional
Uma das construções mais simbólicas de Lisboa, sua construção remete ao século XVI, tendo sido projetado para ser uma igreja.
O curioso sobre esta construção é que demorou 400 anos para que fosse concluída, tendo começado lá no século XVI, pela infanta Dona Maria, edificado segundo os traços do arquiteto Nicolau de Frias. Porém, em 1630, conta a história (ou uma lenda?), de que ocorreu o roubo das hóstias no sacrário da capela-mor. De tal crime, foi acusado Simão Solis, um cristão-novo que fora visto a rondar o templo. Condenado à morte na fogueira, teria jurado sua inocência, tão certa quanto as obras da igreja de Santa Engrácia nunca chegarem a conhecer fim. Fato é que, sua construção acabou em 1966, alguém duvida dessa história? rs
Catedral da Sé
Igreja mais antiga da cidade, edificada no século XII, tendo sofrido modificações ao longo dos anos, principalmente após o terremoto de 1755. A visita inclui a subida ao coro alto, de onde é possível obter uma vista privilegiada do interior da catedral e admirar a grande e sua bela rosácea.
No começo do texto falei sobre essas escavações e descobertas de ruínas dos tempos dos fenícios, não deixe de conhecer.
Fundação José Saramago
Fundada para valorizar a obra deste grande escritor português, que, conforme se lê em seu site “estamos atentos às vozes do mundo, à beleza que os homens podem produzir e à dor e ao isolamento que sofrem, e por isso cada dia tratamos de fazer com que o conceito de esperança seja algo mais que um vocábulo vazio e retórico.” Você pode parar para tomar uma água no restaurante ao lado da fundação e depois visitá-la, quem estiver indo para Lisboa neste ano de 2022, terá o privilégio de poder acompanhar a programação do centenário da fundação, com belas exposições, concertos e conferências.
Praça do Comércio e Rua Augusta
Quando você chega na Praça do Comércio a única palavra que vem é “uau”, é linda e enorme. Também conhecida como Terreiro do Paço, é uma das maiores praças da Europa. O que se conhece hoje, é a praça reconstruída após o terremoto de 1755, que destruiu a residência do rei da da época (Don Manuel I) e sua gigantesca biblioteca.
O café mais antigo da cidade está localizado aqui, parar e tomar um cafezinho no Marinho da Arcada é uma ótima pedida para turistar. Também sentar nas escadas e ficar ali observando o Rio Tejo é uma delícia.
Rua Augusta
Olhando para o Tejo dsa Praça do Comércio, logo atrás está o Arco da Rua Augusta, onde é possível subir e apreciar uma vista maravilhosa.
A rua Augusta é a principal via de comércio da cidade, se você gosta de fazer compras, está no lugar certo.
De lá, faça o passeio pelo Elevador de Santa Justa que está localizado na esquina da rua Augusta com a rua de Santa Justa.
Elevador de Santa Justa
Projetado por Gustave Eiffel (conhecem a Torre Eiffel?rs), este elevador construído no início do século 20 servia para fazer o transporte de pessoas entre as zonas alta e baixa da cidade, isto porque naquele tempo, as pessoas saíam dos escritórios e subiam para o Chiado para ir ao cinema, tomar um café, ir a livrarias, tabacarias, etc.Inclusive, foi lar de muitos artistas portugueses, como Fernando Pessoa.
Mosteiro dos Jerónimos e Igreja de Santa Maria de Belém
Patrimônio mundial da Unesco,tanto o Mosteiro como a Torre de Belém, foram construídos por iniciativa do rei D. Manuel I, tendo início das obras entre 1501, prolongando-se a construção por centenas de anos.
Uma das sete maravilhas de Portugal, abriga o túmulo de Camões e a visita é obrigatória. Conhecer o cláustro de estilos diversos do gótico tardio, do renascimento experimental, de caráter decorativo, e do renascimento maduro ou alto renascimento, conjugando símbolos religiosos (entre os quais elementos da Paixão de Cristo), régios (escudo régio, esfera armilar, cruz da Ordem Militar de Cristo) e elementos naturalistas (cordas e motivos vegetalistas que coabitam com um imaginário ainda medieval, de animais fantásticos), é uma experiência incrível.
Saindo de lá, delicie-se na pastelaria vizinha, que vende os famosos pastéis de Belém desde 1837.
Atravessando a praça, você chegará à Torre de Belém.
Torre de Belém
Fortificação localizada na margem direita do rio Tejo, sua principal função era de defesa da bacia do Tejo. Durante o tempo de suas funções militares, lá tinha lugar uma masmorra, a sala do governador, do rei e de audiências.
Museu dos Azulejos
Aberto de terça a domingo das 10 às 18, vale a visita.
Você deve conhecer os famosos azulejos portugueses, pois bem, este museu, como o nome entrega, é dedicado a eles, lá você conhecerá muitas histórias e curiosidades.
Em seu acervo, encontram-se trabalhos maravilhosos, com destaque para um painel que representa Lisboa antes do terremoto de 1755.
O museu documenta toda história do azulejo no país, estando localizado em um dos prédios mais antigos da cidade, onde funcionou o Convento da Madre de Deus, e que ainda preserva seu claustro e a sala árabe.
Imagem destacada: @vwalakte
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